segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Sempre leio por aí que Joseph H. Lewis era um mestre do filme B. Besteira. Era um mestre do cinema. Ponto final. Se é verdade que muitas vezes seus filmes parecem se vangloriar da falta de dinheiro, também é evidente que sua direção capta sempre o essencial de cada expressão, o fundamental dos movimentos em cena para que sua história seja passada da melhor maneira possível. É a maestria que não é exibicionista (a não ser que se considere que mostrar que se está trabalhando com poucos recursos seja exibicionismo). Basta ver My Name is Julia Ross, de 1945, para perceber que o que está em jogo no cinema de Lewis é a melhor ligação do espectador com o que se passa na tela. Aquela capacidade de atrair uma pessoa comum, que nunca ouviu falar de quem está em cena ou por trás das câmeras, mas se envolve com o filme de maneira sincera e direta, sem intermediários críticos. Lewis era um dos maiores mestres nesse assunto, e não precisamos catalogá-lo em guetos para reconhecer esses méritos.

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Nova atualização no http://melomania.blogspot.com. Confiram.