Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais é o talentoso retorno de Carlos Alberto Prates Correia ao cinema. Mais um filme sobre a produção "em" do que "de" Minas Gerais, Prates não deixa de falar muito de si mesmo, e de suas opções durante a ditadura militar. Sob a alcunha de Castelar, se auto-retrata sem pudor ou falsa modéstia, e também passeia por produções filmadas no estado, como Bang Bang, de Andrea Tonacci e O Padre e a Moça e Os Inconfidentes, ambos de Joaquim Pedro de Andrade. Os amigos de luta também não são esquecidos. Shubert Magalhães, principalmente, é citado durante o filme inteiro. Prates não está nem um pouco preocupado com a unidade. Passeia como bem quer pela produção, com comentários sempre instigantes, e a participação de Priscila Assum e Tavinho Moura como historiadores, recitadores, questionadores. O filme dá conta muito bem dessa estranha dicotomia existente na produção de Minas, sempre entre o conservadorismo e o experimentalismo, entre a tradição e a transgressão. Fiquei espantado com a predominância de iniciais no lugar dos nomes. Será que é uma coisa mineira? MM (Marcelo Miranda), que o entrevistou para O Tempo talvez possa responder (leia a entrevista aqui: http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdEdicao=630&IdCanal=4&IdSubCanal=&IdNoticia=53409&IdTipoNoticia=1)
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