- Finalmente James Mangold acertou. Seu Os Indomáveis (3:10 to Yuma) é bem bacana. Pretendo desenvolver melhor o que penso sobre o filme em um futuro texto. Antes verei os filmes dele que eu ainda não vi, como Kate & Leopold e Garota Interrompida (tenho os dois gravados em VHS), e o filme original do Delmer Daves - que não tem na mula, mas fui lembrado pelo Lyra de que existe em DVD nacional.
- Fiquei decepcionado com Cordélia Cordélia, filme dirigido por Rodolfo Nanni em 1971. Lilian Lemmertz está fantástica como sempre, mas sua personagem, uma mulher casada que vive entre a frustração de ter um marido vagabundo e homens frouxos ou cafajestes ao seu redor, não convence, em parte porque perto do que o filme prometia com suas cenas iniciais, de uma densidade quase fassbinderiana, ele se desenvolve de maneira um tanto pobre para justificar tamanha sensação de solidão. Em As Deusas, do Khouri, pouco sabemos do passado da personagem vivida por Lemmertz, mas ela está em harmonia com o diretor, e ambos conseguem criar uma mulher verdadeiramente abalada, mesmo que não saibamos bem por quê. No filme do Nanni tudo parece vir de uma necessidade de pintá-la como problemática antes de qualquer outra coisa. É mais um fantoche do que uma pessoa, mesmo com uma das maiores atrizes que conhecemos a interpretando. O filme acaba valendo mais pelos momentos em que Cordélia faz o trivial e pensa na morte da bezerra, ou em outra desgraça qualquer. Aí percebemos o quanto uma grande atriz faz a diferença.
- Revendo trechos emblemáticos de Os Dez Mandamentos, de Cecil B. De Mille (versão de 1956), tive a impressão de que é preciso muita força de vontade para não se tornar religioso depois de ter contato com a força de suas imagens. Charlton Heston como Moisés, levantando os braços e bronqueando com a eterna descrença de seus protegidos nos poderes de Deus, é uma imagem mágica, com toda a força que essa palavra pode ter. Teve muita gente na época que se converteu, imagino.
- Revendo pedaços do Tributo a Freddie Mercury na TV. É fantástica a participação de George Michael, o único que poderia substituir Mercury à altura. Não porque os dois são os melhores, mas porque Michael tem tudo a ver com o Queen. Bowie sorrindo enquanto a mala Annie Lennox se esgoelava no palcoé o máximo da elegância. E o duelo de guitarras entre Tony Iommi (Black Sabbath) e Brian May (Queen) ficou para antologias. Dois guitarristas inimitáveis, que conseguiram extrair de suas guitarras timbres que parecem de outro mundo, alterados por alguma tecnologia que desconhecemos. Aliás, sempre quis entender como uma banda que era tão boa caiu tanto depois de vir ao Brasil pela primeira vez (1981).
- BBB 8. Nunca vi jogarem tão mal esse jogo. Tão mal que a Globo foi obrigada a desfilar todo o seu sadismo. Se alguém tiver uma síncope até o final do programa não será surpresa. E se a Gyselle não ganhar vai ser uma grande marmelada.
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