Como filmar uma colônia de leprosos? Corre-se o risco da acusação de exploração do sofrimento alheio. Ao mesmo tempo, como não dar atenção aos que necessitam, brigar pelo direito que eles (os leprosos) têm de serem respeitados e vistos como pessoas? A lepra tem cura, repete o poema recitado no filme. Forough Farrokhzad, poetisa iraniana falecida em 1967, ousou arriscar, com auxílio da Sociedade de Apoio aos Leprosos. O filme é de 1962, e se chama La Maison est Noire. É um curta metragem de 22 minutos, de imagens desconcertantes e muito bonitas. Farrokhzad ficou amiga dos leprosos, e chegou a adotar a criança de um casal da colônia. Seu poema "Le Vent Nous Emportera" (O vento nos levará) está no filme de Kiarostami.
No link abaixo dá para ver um trecho de dois minutos e meio do filme:
http://video.aol.com/video-detail/la-maison-est-noire-forough-farrokhzad/96192327
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Postado por Sérgio Alpendre às 21:32
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