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Duas imagens de
Rito de Amor e Morte (Yukoku, 1966), de
Yukio Mishima. A primeira ocorre logo após o golpe fatal do marido que se suicida, e o sangue escuro, culpado, espirra no kimono branco da mulher, numa tela branca, na pureza. A segunda ocorre depois do golpe fatal da mulher, que deseja acompanhar o marido no rito. O sangue claro na roupa escura do marido. A pureza da mulher se junta à desonra de seu homem, militar fracassado. O filme tem 29 minutos, não tem diálogos, e é todo pontuado por "Tristão e Isolda", de Wagner. Buñuel deve ter adorado. Poderia até ser considerado, com certa liberdade, o
L'Age D'Or japonês. Deu vontade de rever o
Mishima de Paul Schrader.
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