terça-feira, 26 de fevereiro de 2008


Dois filmes de fórmula.
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Em Juno (acima), de Jason Reitman (sim, filho de Ivan Reitman), ainda há o disfarce de criar toda uma situação que tira a adolescente, à fórceps, do ambiente colegial - o que dá certa pena, porque eu adoro ver filmes que se passa nesse ambiente. Mas é cheio de cálculos para ser fofinho, cheio de vinhetinhas bonitinhas e animadas, que pontuam o filme pelas quatro estações do ano. E não passa de um previsível subproduto de Sundance. Quer ser moderninho, mas no fundo é bem conservador. E é inferior ao longa de estréia do diretor, o espertalhão Obrigado por Fumar.
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Antes de Partir (no alto), de Rob Reiner, até me enganou por um tempo, porque levou mais de meia hora de filme para que os doentes terminais resolvessem aproveitar a vida, e esse contraste da intenção dos personagens com o andamento da narrativa me intrigava. Depois se mostrou preguiçoso, com a adequação às fórmulas mais rasteiras do "filme de mensagem", com direito até a uma montagem paralela ridícula contrapondo a felicidade de Morgan Freeman no reencontro da família - com mesa farta e todos servidos de uma boa comida caseira, à tristeza do milionário Jack Nicholson, sozinho em sua casa, incapaz de abrir uma comida comprada pronta em supermercado.