quarta-feira, 2 de fevereiro de 2005

Em 12 horas, vi três obras-primas. Como é muito raro de acontecer, a não ser que se programe pra rever três filmes já adorados, quis deixar registrado.

Primeiro, pouco depois da meia-noite, A Dama de Preto (Park Row, 1952), de Samuel Fuller. Que depois do impressionante Baionetas Caladas me deixou com uma expectativa ainda mais alta (o que acho chato) em relação aos dois marcos dos anos 60 (Naked Kiss e Shock Corridor). Preciso refrescar a cabeça antes de vê-los.
Depois, logo em seguida (eu não me emendo mesmo), vi Ódio Contra Ódio, mais um inacreditável exemplo do talento de Joseph H. Lewis. Impressionante como ele leva os limites do trágico até o fim, e sai de lá com uma dignidade absurda.
Hoje de manhã (tive de acordar cedo, mas valeu), na cabine de imprensa, Million Dollar Baby...e sobre ele não tenho mais palavras. Clint nunca foi tão fundo, e quem conhece seu cinema sabe que isso significa que é, definitivamente, um filme que deixa qualquer um baqueado. Saí, trôpego e sem rumo, salvo por uma cervejinha durante o almoço com o amigo Francis.