Cronos (1993), de Guillermo Del Toro
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O primeiro longa-metragem de Guillermo Del Toro traz várias marcas que veremos nos filmes seguintes. A relação profunda entre familiares é uma delas. O avô interpretado por Federico Luppi é dominado por uma engenhoca criada por um alquimista do século XVI e começa a rejuvenescer e precisar de sangue para irrigar a pele. Torna-se uma espécie de vampiro, sendo perseguido por um velho moribundo e seu sobrinho (Ron Pearlman, o Hellboy). É especialmente bonita a cena em que o avô sente desejo pelo sangue de sua neta, mas consegue conter esse desejo porque a ama incondicionalmente. Esse amor entre familiares, que pode também causar sentimentos doentios como o do sobrinho pelo tio adoentado, geralmente é muito forte em seus filmes. Basta lembrar do diabão de Hellboy, que machuca seu filho, mas não consegue matá-lo. Outra marca é o apuro formal, com uma técnica que parece clamar por orçamentos milionários. Del Toro é um dos pocuos que conseguem manter uma certa dignidade em seus filmes, mesmo quando eles passam essa impressão (o que é bem freqüente). Na filmografia do diretor, Cronos só perde para Hellboy, a incrível história de amores platônicos.
sábado, 19 de abril de 2008
Postado por Sérgio Alpendre às 19:03
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