Alan Ladd e Veronica Lake como o par romântico que se forma aos poucos, mais uma performance memorável de William Bendix (que também arrasa em Um Barco e Nove Destinos) como o veterano de guerra com um ferimento na cabeça e um roteiro original de Raymond Chandler. E não é que A Dália Azul (The Blue Dahlia, 1946) é decepcionante? E o ponto de virada - quando a coisa começa a desandar - acontece justamente depois da cena da foto acima.
Não esperava muito do diretor George Marshall. Apesar de já ter lido por aí que ele tem alguns filmes decentes, os que eu tinha visto deixavam a desejar: A Barbada do Biruta, O Bamba do Regimento e De Caniço e Samburá. Três filmes com Jerry Lewis, e um cara que não consegue arrancar gargalhadas com Lewis em cena deveria pedir as contas e trabalhar em outro ramo. Dave Kher escreveu que a culpa é dele por A Dália Azul ser tão brochante. E não dá para discordar. Mas eu achei o roteiro, ou o que dá para transparecer dele na tela, bem pobre. Parece um coquetel do que deve ter num filme noir, com os ingredientes entrando na marra, criando uma série de situações dignas de um desenho do Super Galo (sem o tratamento irreverente que o desenho tinha).
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