domingo, 9 de março de 2008

Pesadelo Mortal (Cigarette Burns, 2005), de John Carpenter
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Aos poucos estou tirando o atraso com a série Masters of Horror. Primeiro vi Pelts, episódio de Dario Argento para a segunda etapa. Agora vi Pesadelo Mortal, o impactante episódio de John Carpenter para a primeira etapa da série. Um colecionador contrata um exibidor para procurar um filme raríssimo e maldito. Cigarette burns são as marcas feitas na película para avisar que o rolo está acabando. O título nacional pode até ser mais fiel ao que a trama propõe, mas perde todo o efeito lúdico que Carpenter pensou. O filme é pontuado com as marcas, que aparecem quando há um distúrbio mental violento com o exibidor/pesquisador. Como que tomado pelo espírito do filme, ele se torna violento e capaz de qualquer coisa. Como o episódio deve ter menos de uma hora, algumas coisas acontecem rápido demais. Muito rapidamente vemos ele encontrar a cópia, quando sabemos que deu o maior trabalho localizá-la. Como alguns personagens aparecem e desaparecem sem serem desenvolvidos, temos uma maior concentração de cenas de gore, e Carpenter não poupa momentos grotescos e ultra-violentos, reforçados por um eficiente trabalho com o som. Não me incomodei com as imagens de O Fim Absoluto do Mundo, o tal filme maldito (ao contrário de Ana Paul, que comentou o filme em seu blog no multiply - link ao lado). Achava até que podia ter mais cenas do filme, porque Carpenter havia conseguido incutir uma atmosfera de medo próximo, de desgraça iminente, que faria com que cada plano mostrado do fim absoluto fosse assombroso ao extremo. A tônica acabou sendo o que acontece na mente de quem se aproxima do filme, e o resultado dessa aproximação é forte o suficiente para nos deixar impressionados.