Fingers (1978), de James Toback
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Jimmy tem 32 anos, é um pianista frustrado que vira e mexe defende os interesses excusos do pai agiota. Não se sabe o que ele fez antes disso, pode ter zanzado sem rumo até então, pode ter sido um veterano da Guerra do Vietnã (na época as comparações com Taxi Driver foram muitas), pode simplesmente ter tentado uma carreira de sucesso a juventude inteira, sem conseguir. O clima triste da maior parte dos filmes não escapistas desse período se faz presente. Mas Fingers não é mais do que um tour-de-force para Harvey Keitel. Existem excelentes tour-de-forces, o que não é o caso da estréia de James Toback na direção. Principalmente porque ele não é muito feliz na exploração das dicotomias: erudito/popular, extravagância/discrição tímida, sensibilidade musical/violência de rua. Chega uma hora e começamos a nos perguntar se não é tudo fantasia de alguém definhando em seu sofá. Quando percebemos que quem definhava pedia ajuda de sua janela chegamos à conclusão inevitável que evocar estranheza e auto-comiseração ao mesmo tempo não é uma boa idéia. Refilmado em 2005 como De Tanto Bater, Meu Coração Parou, direção de Jacques Audiard.
Outros filmes vistos do diretor:
Exposed (1983) *
O Rei da Paquera (The Pick-up Artist, 1987) *
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