segunda-feira, 30 de junho de 2008

Treze Dias que Abalaram o Mundo (Thirteen Days, 2000), de Roger Donaldson
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F I L M Ã O. É tudo que eu posso dizer desse filme de Donaldson sobre a Crise dos Mísseis. Ainda não investiguei a data de estréia no Brasil para saber por que diabos perdi a chance de vê-lo nos cinemas, mas realmente lamento. Há uma construção simples e perfeita: um bloco após o outro, formando paredes sólidas sem que um trabalhador braçal terminasse cansado. A tensão está na trama, em toda essa construção minuciosa cujo único paralelo que eu posso fazer é com dois filmes de Sidney Lumet: Doze Homens e Uma Sentença e Limite de Segurança. Há um enorme problema inicial que é a presença de Kevin Costner. O ideal é que o grande amigo e assessor dos irmãos Kennedy fosse interpretado por um ator menos conhecido, menos marcante, o que seria difícil, pois Costner é produtor. O problema é contornado com meia hora de filme, e a percepção de que todos os coadjuvantes, com destaque para Bruce Greenwood (como o presidente JFK) e Dylan Baker (como Robert McNamara) estão perfeitos. Nem mesmo a trilha sonora triunfalista de Trevor Jones, que é carregada especialmente nos minutos finais, atrapalha.