Mais dois filmes vistos, dessa vez em circuitão: Celular e Os Esquecidos. Celular é bom como Valente e Gui tinham dito, com uma capacidade salutar de dar cutucadas sem se levar a sério, em especial à febre dos celulares como companheiros inseparáveis das pessoas. Filme a que se assiste com prazer, mesmo que tenha uma primeira metade um tanto titubeante, com algumas situações mal resolvidas, mas necessárias para levar o filme adiante. Poderiam ser melhor trabalhadas, por exemplo, a necessidade de não se desligar o telefone (o que ficou meio forçado), e a relação do herói com amigos e ex-namorada (todas as cenas iniciais com esses personagens soam equivocadas).
Os Esquecidos foi uma grata surpresa. Não era o caso de se esperar uma nulidade de Joseph Ruben (do qual só conheço três filmes uma estrela, sendo que pelo menos um - Morte nos Sonhos - quase ganha duas). Mas que o filme impressiona enquanto está sendo visto, impressiona. Não vale dizer muito, pois acho que quanto mais virgem se for ver o filme, melhor (e de resto, concordo com o Kaganski, que disse gostar de ir ao cinema com o mínimo de informação sobre o que vai ver, se der, nenhuma informação é o ideal). Indo para casa depois, fiquei pensando que poderia ser melhor, mas como nem sei bem o quê, fica valendo a impressão assim que o filme acabou: um bom filme de terror invertido. É o vilão que é mais aterrorizado.
sábado, 20 de novembro de 2004
Postado por Sérgio Alpendre às 10:22
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