quinta-feira, 29 de abril de 2004

Bom...revi Christine. Nada mal, mas mostra um Carpenter tateando no escuro, sem saber exatamente se quer ilustrar uma relação de causa e efeito ou apenas realizar um exercício de gênero. No começo ele engana, parece que vai ser bem pior, depois, pela força das imagens, acaba se impondo, apesar de ser menor em sua filmografia.
Conheci um Bresson essencial, Journal d'un Curé de Campagne, triste como o Filipe havia falado. Vi meio sonado, lamento, mas deu pra perceber a força das imagens e das fusões com o diário sendo escrito.
Não costumo me incomodar com previsibilidade, mas a de Em Carne Viva incomoda. Se era pra brincar com o foco daquele jeito (e ficou bonito, não tenho dúvidas) podia deixar o espectador literalmente sem chão, ao contrário do direcionamento pseudo chocante que buscou. O final redime o filme de sua insossa mediocridade.