Um Mundo Perfeito (1993) Clint Eastwood * * *
Das revisões que havia prometido por conta de indignações do Bruno: este filme de Eastwood, que não havia me convencido na época em que estreou nos cinemas e cresceu após uma revisão em vídeo, provavelmente uns três anos depois, melhorou ainda mais, mas não tem o mesmo impacto de obras como Mystic River e Os Imperdoáveis, para ficar em dois que acho bem parecidos, pela postura inquieta frente aos pré estabelecidos conceitos de marginalidade (claro que todos esses filmes têm muito mais do que isso, mas considero essa postura um importante ponto em comum entre eles). Clint exagera no tom quando resolve explorar o tratamento paterno, ainda que esse seja sua maior preocupação. Ou seja, ele se esforça demais para mostrar a intolerância de Haynes para com pais enérgicos, um pouco a mais do que seria necessário. Mas a beleza de inúmeros planos, o uso perfeito da trilha, e a atuação dos antagonistas que se identificam (Eastwood e Costner) são suficientes para que o filme esteja entre os dez mais do diretor (viu, Bruno?). Entre os cinco, nem a pau.
segunda-feira, 14 de junho de 2004
Postado por Sérgio Alpendre às 19:39
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