sexta-feira, 29 de abril de 2005

Dá pra ver O Vôo da Fênix como uma experiência com cores, puxando para variações entre o vermelho e o amarelo. Transformou o sépia do original numa palheta incandescente, infernal. Nesse ponto ele é bem interessante, nas cenas onde ele explora a imensidão do deserto, as dunas, criando abstrações visuais que são muito mais eficazes do que o trabalho com os atores. Nem é o caso de miscasting, pois John Moore não tem muita noção de como encenar sem fugir do lugar comum das frases feitas. O que a princípio era interessante, ver Giovanni Ribisi no papel do engenheiro de aviões de brinquedo, logo cai no déjà-vu das atitudes inconsequentes, como na histeria exagerada, algo que não cabia naquele personagem que até então estava sendo construído como um exemplo da introversão (um nerd que quer ser cool, ou algo do gênero).