sábado, 30 de abril de 2005

Carlão Reichenbach fala muito bem do cinema de William Lustig. Tenho Uncle Sam gravado, mas nunca pude ver. Vi Relentless, filme que, nos momentos mais intimistas de vida em família, diálogos entre pai, mãe e filho, rende algo interessante. Como policial é corriqueiro, quando não constrangedor. Aqueles flashbacks mostrando o pai torturando o filho serial killer são muito ruins e primários. Robert Loggia totalmente desperdiçado como o parceiro mais velho. Tem um diálogo muito bom, em que o pai/policial pergunta pro filho algo como: "que tipo de garota você quer como esposa?", ao que o filho, menino na fase da misoginia inconsciente, retruca que não gosta de garotas. O pai então pergunta: "tudo bem, que tipo de rapaz você quer ter como marido, então?". Inesperado, e raro momento maluco em um filme comportado demais. Meg Foster, a mãe, e também atriz de Eles Vivem, é assustadora, com aqueles olhos transparentes. Não dá pra escalá-la fora do contexto em que Carpenter a colocou.