quinta-feira, 22 de maio de 2008




Isabelle Huppert observa, enciumada, um jovem que a galanteava dançando com outra mulher. O marido se aproxima, ela disfarça, mas sua mente está em outro lugar. Afastamento e aproximação. O espelho representando, por sua própria localização, o que ela deixou para trás. E, ao contrário de Fassbinder, que gostava de filmar o ator olhando para si mesmo no espelho, refletindo uma parte de seu corpo que ela não pode ver. Madame Bovary, de Claude Chabrol, muito mais para Duas Inglesas e o Amor do que para Les Destinées Sentimentales.