Finalmente fui conhecer o Reserva Cultural (da Imovision), espécie de espaço elitista que aplica a velha e batida lei do "se não for caro, o pessoal pensa que é ruim", pensamento estúpido e muito comum em São Paulo. O problema é que o folhado de peito de peru se desmancha todo antes de ser comido, e o que é ingerido não vale os R$3,20 gastos. Beleza, já sei que comer lá não é uma boa pedida, apesar de que meu masoquismo me impede de ignorar aqueles sanduíches que devem custar o triplo (não tinha plaquinha com o preço), mas parecem não desmanchar no ar. Uma outra vez, quem sabe? Projeção boa, embora em janela errada para Mulher, filme de 1931 de Octávio Gabus Mendes (pai do Cassiano?). Passou em 1:1,66 (o certo seria 1:1,33, modificado como o próprio letreiro de abertura diz para 1:1,37). A tela da sala 3 me pareceu um tanto pequena, mais ou menos como a do DirecTV 2, mas pode ser que a sala 1, que exibia Clean, tenha uma tela maior. O espaço é interessante, lembrando um pouco o Espaço Unibanco da Augusta, e o do Rio também, só que mais labiríntico. Na sala 2, o horroroso Conversações com Mamãe, que todos pareceram gostar na última Mostra. E a Rain continua ameaçando, com publicidade intensiva esse novo espaço que se diz mais propenso ao cinema de arte. É mais uma sala, e espero que vingue (já tendo quase certeza que irá vingar). Mas poderia ser menos afrescalhada nos comes, não é? O filme Mulher? Muito bom, com um erotismo próprio dos anos 30 e contraplanos muito interessantes.
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