Bruno Dumont queria ser artista. Fez dois filmes tentando provar isso. O meia-boca A Vida de Jesus e o mediano A Humanidade. Em 29 Palms ele só consegue provar sua calhordice. Fez um filme para mostrar que ser humano é, antes de tudo, ser monstruoso. Foi necessário transformar o namorado americano em uma espécie de Jason, para justificar sua pulsão assassina. É necessário mostrar orgasmos animalescos e exagerados, criando um efeito hiperbólico, em contraste com os inúmeros tempos mortos (que ele continua colocando pra provar que é autor). Enfim, se antes esperava-se que Dumont encontrasse seu rumo no cinema francês, agora espera-se que ele tente outro ramo de atividade. Um açougue, ou um matadouro...lugares onde ele se sentiria mais a vontade.
Vi também Once Upon a Time in China, de Tsui Hark, que é uma obra-prima. Estou com a continuação em casa...espero fazer um post em breve sobre eles.
Project A, de Jackie Chan, é bem bom. Causa estranheza o fato de se precisar de quatro heróis pra matar o vilão. Creio que isso tenha sido proposital, como crítica ou irreverência ao cinema de ação, ou qualquer outra coisa, mas espero alguém mais qualificado pra me dizer.
terça-feira, 21 de dezembro de 2004
Postado por Sérgio Alpendre às 15:11
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