Transylvania é um pouco melhor que Exílios, o filme anterior de Tony Gatlif a estrear no Brasil, porque como o diretor escolhe um ator (ou atriz) para colar sua câmera - e desta vez temos Asia Argento no lugar do chato Romain Duris - acompanhamos com maior prazer o desenvolvimento da trama e o desespero do personagem. Novamente é um mergulho ao inferno pessoal de uma mulher, só que desta vez, ela está na frente, em destaque na narrativa. E não temos Duris para tentar roubar o estrelatro para si. Gatlif pode, então, se perder com a atriz num labirinto de musicalidade cigana e gestos de transe (alguns bem forçados, é verdade), em meio a uma sensibilidade especial, ainda que falta uma cena tão forte e sublime quanto a do transe em Exílios. O plano final, no entanto, é um primor. E não teria como deixar de ser: o nosso sorriso de compaixão é garantido.
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Postado por Sérgio Alpendre às 02:28
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