A Rainha, de Stephen Frears, é um filme correto. É quase o máximo que pode se dizer desse trabalho um tanto certinho demais. Seu maior mérito é cair de cabeça na emboscada armada por sua própria proposta, porque os envolvidos terminam por soar simpáticos a nossos olhos, mas com certeza eles não se sentiram nada bem vendo-se tão humanos e cheios de fraquezas e hesitações, e sabendo que essas fraquezas estariam escancaradas para platéias do mundo inteiro. Claro, Helen Mirren sempre foi ótima atriz, por que não o seria num papel que parece ter sido talhado para ela. Não concordo com o amigo Filipe quando ele diz que é o melhor Frears desde Minha Adorável Lavanderia. Samie and Rosie Get Laid e Ligações Perigosas são melhores, e Alta Fidelidade e Herói por Acidente são, no mínimo, do mesmo nível. Mas A Rainha é uma volta à forma, de todo jeito.
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