domingo, 25 de fevereiro de 2007

A Grande Família, O Filme, de Maurício Farias, é uma daquelas experiências que fazem com que eu me pergunte o que diabos aconteceu com o bom senso. Porque me parece impossível que tanta idiotice, tantas piadas mal feitas, tantas cenas mal concatenadas e pessimamente dirigidas causem risos na platéia. E a platéia ria muito. Rir da série de TV (que, afinal, não é tão ruim assim), ou das caretas de Marco Nanini, ou de uma ou outra participação do Pedro Cardoso, tudo bem. Estão em um contexto vexaminoso, mas ainda assim tem sua graça. Mas o pessoal ria das coisas mais infâmes possíveis. O filme é nulo dramaturgicamente. É um verdadeiro escândalo que seja feito e distribuído, e que seja aprovado pela maioria do público. Dá muita tristeza ver a que ponto chegou o cinema comercial brasileiro. Chega ao ponto de torcermos para Bruno Barreto filmar mais, porque o pior que ele pode fazer é muito melhor do que esse lixo. Não me entendam mal. Gosto que filmes brasileiros façam sucesso. Mesmo que eu não gosto de determinados sucessos, acho importante. Só que A Grande Família é nocivo, um verdadeiro traste para a nossa cinematografia. Um mico de proporções absurdas. Desculpem, não gosto de posts assim negativos, mas precisava colocar pra fora a revolta.