terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Post BBB.
ou, meu momento quase fascista do dia.

Amanhã é dia de paredão bizarro: Alemão X Siri. Não sou do time que acha os dois bonzinhos, e donos de todas as virtudes, mas são, sem dúvida, os melhores jogadores. Um deles vai cair, e o outro dificilmente será tão interessante sozinho. Pois o alemão ganha com a meiguice e o falso medo da Iris, que não é nada falsa, mas sabe jogar muito bem com o "quero mas tenho medo". E ela também lucra com a atenção, e mesmo com as inúmeras broncas dadas pelo alemão. Foram para o paredão porque não tiveram ajuda alguma, e a Fani, que não tem a menor idéia de como se joga aquele troço, praticamente jogou o milhão pela janela ao colocar o Justin, e enterrou de vez suas chances ao dar piti pelo anjo, por, segundo ela, não ter nada a ver com o ódio da casa para com o trio. Alberto tem tudo para bater o recorde de rejeição de todos os BBBs. Eu nem tinha tanta raiva dele, mas depois que percebi seu desprezo pela própria namorada, fiquei com a impressão que esse cara deve ser o cancro do mundo. Ok, nem tanto assim, mas que é um ser desprezível, eu não tenho dúvidas.

Fico sempre pensando como seria eu lá no meio deles. Tenho a convicção que nenhum deles seria meu amigo, com a possível exceção de Alan Pierre, que saiu cedo demais para que eu comprovasse. Mas na casa, penso que me daria bem com a maioria, e tentaria uma via conciliatória entre os dois grupos que tanto se odeiam, pelo menos depois que o Felipe saiu (antes eu só iria ficar comendo num canto e fazendo exercícios enquanto todos estavam dormindo). Alemão talvez seja o mais diferente de mim, o que mais dificilmente seria meu amigo fora dali (o Alberto não conta, às vezes custo a crer que ele seja gente), mas seria o mais divertido de ficar perto, o que ia provocar mais risadas. Pena que a raiva dele deve tirar boa parte de sua vontade de farrear. E eu temo mesmo que ele perca o milhão caso fique na casa e resolva atacar a Fani de novo. Pois se o prêmio sobrar para a Flávia, que é a mais inteligente, mas é politicamente correta demais (talvez seja esse o seu maior trunfo, mas é um trunfo chato de se ver).

Minha torcida, não tem jeito, vai para quem vencer o paredão de amanhã. Mas que seria divertido ver o alemão cair fora por ter dado um baita dum soco no Alberto, ah... como seria.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Em homenagem ao mestre:

Novo Top Scorsese:

1) Touro Indomável (1980)
Cassino (1995)
3) Depois de Horas (1985)
Cabo do Medo (1991)
A Época da Inocência (1993)
O Rei da Comédia (1983)
Vivendo no Limite (1999)
8) Taxi Driver (1976)
A Última Tentação de Cristo (1988)
Os Bons Companheiros (1990)
Gangues de Nova York (2002)
12) Alice Não Mora Mais Aqui (1974)
A Cor do Dinheiro (1986)
14) O Aviador (2004)
Os Infiltrados (2006)
16) Caminhos Perigosos (1973)
New York New York (1977)
18) Contos de NY - ep: Lições de Vida (1987)
19) The Last Waltz (1978)
20) Sexy e Marginal (1970)
21) Quem Bate à Minha Porta ?(1967)
22) Kundun (1997)

docs fora... curta de início de carreira idem. Empates são covardes, eu sei, mas não teve jeito.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

A Grande Família, O Filme, de Maurício Farias, é uma daquelas experiências que fazem com que eu me pergunte o que diabos aconteceu com o bom senso. Porque me parece impossível que tanta idiotice, tantas piadas mal feitas, tantas cenas mal concatenadas e pessimamente dirigidas causem risos na platéia. E a platéia ria muito. Rir da série de TV (que, afinal, não é tão ruim assim), ou das caretas de Marco Nanini, ou de uma ou outra participação do Pedro Cardoso, tudo bem. Estão em um contexto vexaminoso, mas ainda assim tem sua graça. Mas o pessoal ria das coisas mais infâmes possíveis. O filme é nulo dramaturgicamente. É um verdadeiro escândalo que seja feito e distribuído, e que seja aprovado pela maioria do público. Dá muita tristeza ver a que ponto chegou o cinema comercial brasileiro. Chega ao ponto de torcermos para Bruno Barreto filmar mais, porque o pior que ele pode fazer é muito melhor do que esse lixo. Não me entendam mal. Gosto que filmes brasileiros façam sucesso. Mesmo que eu não gosto de determinados sucessos, acho importante. Só que A Grande Família é nocivo, um verdadeiro traste para a nossa cinematografia. Um mico de proporções absurdas. Desculpem, não gosto de posts assim negativos, mas precisava colocar pra fora a revolta.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Novos links adicionados:

http://dueloaosol.blogspot.com

http://cinekinos.blogspot.com

http://le-pickpocket.blogspot.com

Blogs de, respectivamente: Harry Madox (Portugal), Júlio Bezerra (Rio) e Lucian Chaussard (Floripa). Três que eu gostei bastante na época da votação para a Liga, mas tinha esquecido de colocar. Esse negócio de colocar links às vezes parece que não acaba nunca. Tem muitos mais que eu votei e esqueci de linkar, aos poucos vou lembrando.

Revendo Fassbinders, e chegando a uma quase convulsão com a beleza de O Medo Devora a Alma. As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant, por outro lado, não me leva ao choro, mas continua perfeito. Minha revisão é mais ou menos cronológica. Até agora, esses dois e Martha continuam reinando soberanos, mas logo logo é a vez de O Direito do mais Forte, Roleta Chinesa, Num Ano com Treze Luas, todos filmes que eu adoro demais. E ainda falta descobrir Nora Helmer (alguém tem?), O Medo do Medo, Mamãe Kusters Vai para o Céu e alguns trabalhos mais raros para a TV alemã.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007


A Viagem de Niklashausen (1970), de Fassbinder, é mais uma daquelas alegorias panfletárias que eram feitas na época, e também no Brasil. Só que os europeus (Godard, Fassbinder, Pasolini...) têm um senso de história, tragédia e densidade operística que os brasileiros não têm, com a exceção óbvia de Glauber Rocha. Essa densidade faz com que os momentos alegóricos de Niklashausen sejam muito, mas muito interessantes, muito por causa da câmera de Dietrich Lohmann, superior a todos os trabalhos que ele havia feito com o diretor até então. Curiosamente, é um trabalho parecido com o que Michael Ballhaus realizara no filme anterior de Fassbinder, Whity, só que muito mais bem-sucedido. Em Whity, especialmente na cena da leitura do testamento, perto do final, a câmera se perde em zooms sub-viscontianos, ao passo que em Niklashausen, todos os movimentos da câmera acompanham o tom ritualístico e solene do filme. Pena que os momentos panfletários existem aos montes. Um quase grande filme.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Novo link adicionado. O do redator da Paisà e da Cinética, Francis Vogner dos Reis.

http://franvogner.blogspot.com

E por falar em filmes, não vi escrotidão em Pequena Miss Sunshine. O que parece pegar é a cena da apresentação da menina no show de talentos, mas ali eu vi apenas o simplório, o reducionista, o caricato, nunca o abjeto. O filme é bem mediano, funciona em alguns trechos graças ao elenco, mas é extremamente frágil em sua defesa da freakolândia.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007


A edição # 7 só sai da gráfica na quinta-feira. mas nosso site já tem aperitivos, e a maior atualização desde seu nascimento. Pretendemos atualizar quinzenalmente, e colocar sempre críticas de filmes que não forem cobertos pela revista impressa.

Boa leitura.

novos links adicionados:

a Revista Zingu, herdeira de Rubem Biáfora, e editada por Matheus Trunk.

http://revistazingu.blogspot.com

e o blog dedicado a textos do Jairo Ferreira, que não gostava do Biáfora. Editado pelo redator da Paisà Juliano Tosi

http://cinema-de-invencao.blogspot.com

ambas altamente recomendáveis



I Love to Singa (1936), de Tex Avery. Com Owl Jolson e Fritz Owl.
a genialidade absoluta de Tex Avery (em homenagem a Daniel Caetano)

sábado, 10 de fevereiro de 2007


A Rainha, de Stephen Frears, é um filme correto. É quase o máximo que pode se dizer desse trabalho um tanto certinho demais. Seu maior mérito é cair de cabeça na emboscada armada por sua própria proposta, porque os envolvidos terminam por soar simpáticos a nossos olhos, mas com certeza eles não se sentiram nada bem vendo-se tão humanos e cheios de fraquezas e hesitações, e sabendo que essas fraquezas estariam escancaradas para platéias do mundo inteiro. Claro, Helen Mirren sempre foi ótima atriz, por que não o seria num papel que parece ter sido talhado para ela. Não concordo com o amigo Filipe quando ele diz que é o melhor Frears desde Minha Adorável Lavanderia. Samie and Rosie Get Laid e Ligações Perigosas são melhores, e Alta Fidelidade e Herói por Acidente são, no mínimo, do mesmo nível. Mas A Rainha é uma volta à forma, de todo jeito.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Filmes vistos ultimamente (de 8 de janeiro até hoje)

revisões em negrito

Pro Dia Nascer Feliz - João Jardim (Cine Atibaia) * * *
Mais Estranho que a Ficção - Marc Forster (Arteplex 2) *
The Heroic Trio - Johnnie To (DviX) * * * * *
O Boêmio Encantador - George Cukor (DviX) * * * * *
Down in the Valley - David Jacobson (DviX) * * *
Cavaleiro Solitário - Clint Eastwood (DviX) * * * *
Cartola - Lírio Ferreira e Hilton Lacerda (Tenda - Tiradentes) * * *
Conceição - alunos da UFF (Tenda - Tiradentes) * * * *
Cine Tapuia - Rosemberg Cariry (Tenda - Tiradentes) * * *
O Quadrado de Joana - Tiago Mata Machado (Tenda - Tiradentes) * * * *
O Céu Está Azul com Nuvens Vermelhas - Dellani Lima (Tenda - Tiradentes) *
Batismo de Sangue - Helvécio Ratton (Tenda - Tiradentes) *
Apocalypto - Mel Gibson (Arteplex 9) *
Os 12 Trabalhos - Ricardo Elias (Cinesesc) * * *
Borat - Larry Charles (DviX) * * * *
À Procura da Felicidade - Gabriele Muccino (Arteplex 1) * * *
O Último Rei da Escócia - Kevin McDonald (Arteplex 9) *

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007


Mel Gibson quis dar mais autenticidade a seus nativos em Apocalypto, fazendo os atores falar na língua arcaica dos maias. No entanto, esqueceu a autenticidade na hora de se abrir à narrativa, e fez com que seus personagens agissem como norte americanos vivendo aventuras em florestas perigosas, nos dias de hoje. Eles brincam uns com os outros como se fossem colegiais de suburbio dos EUA. Até a maneira de lidar com necessidades básicas como alimentação, sexo e sono é a mesma de um americano médio. A sensação de que tudo é fake, e além de fake, de um profundo mau gosto estético, é irritante. Apocalypto se assemelha a uma aventura feita para a TV, com diretores dirigindo o tempo todo no piloto automático. Só assim se explica a profusão de planos e contraplanos grosseiros, e demovimentos de câmera grandiloqüentes e inúteis. Paixão de Cristo, com todos os seus problemas, se parecia com um filme, algo que Apocalypto não consegue ser.