segunda-feira, 12 de julho de 2004

Graças a uma semana cheia de encrencas e a dois textos que eu devia pra Contracampo, este blog foi pouco atualizado. Muitas coisas vistas, então vou dar só uma passada rápida pelos filmes:

- começando pela sessão dupla do Comodoro, com dois filmaços: Santa Sangre e Cannibal Holocaust. O filme do Jodorowski é uma pérola do realismo fantástico, que lembra sim Kusturica, no que o diretor Iugoslavo se apropria de Fellini. Mas vai além. O mítico filme de Ruggero Deodato expõe animais a crueldade física e carrega nas cenas sensacionalistas, mas o filme é envolto numa auto-crítica tão picareta quanto genial. A desculpa usada para exibir mais de meia hora de cenas chocantes é inteligente e o único senão vai para a frase final, desnecessária. É um filme necessário.
- revisão de Operação França, com a explosão do cinema físico de Friedkin e duas seqüências antológicas no metrô. Um belo exemplo de realismo de rua. Um filme que sua e sangra.
- Dois Bressons revistos: Pickpocket e As Damas do Bosque de Bologna. Do primeiro continuo com a mesma opinião. É um filmaço com um dos mais belos finais do cinema. Rostos colados. O segundo melhorou bastante. É um Bresson atípico, mas concentra grnade parte da inadequação espiritual dos personagens, algo que ele exploraria melhor em filmes futuros.
revisão Verhoeven continua. Revi Os Amantes de Katie Tippel e O Quarto Homem para escrever textos e aluguei hoje Total Recall, Instinto Selvagem e Robocop, para rever e me saborear com os textos que vêm por aí.
- por último queria dizer que também entrei no coro dos que acham Homem Aranha 2 melhor do que o primeiro. Ainda que sinta que essa superioridade não seja tão grande. Acho que o filme é mais irregular que o primeiro, mas os grandes momentos fazem a diferença.