sábado, 31 de julho de 2004

Eu sabia que Passion (Godard) iria crescer numa revisão, ainda mais no cinema. Afinal, todos os filmes dele melhoram, exceto aqueles que já se revelam geniais de primeira (Elogio ao Amor, O Desprezo, Pierrot le Fou, Weekend, Prenom: Carmen, Alemanha Nove Zero) O que eu não esperava, era que um filme menor até então (eu só havia visto em vídeo) se revelasse uma obra-prima absoluta. Deixo o ensaio para o Bruno, o maior fã vivo do filme e que sempre me cobrou uma revisão. Eu, como neófito em Passion, só digo, antes de nova e necessária revisão, que esbocei algumas lágrimas na primeira explicação sobre o processo criativo, utilizando a luz de um quadro de Rembrandt como exemplo, chegando ao choro não dissimulado na cena da mulher na estrada, relutando em entrar no carro. Daí pra frente foi um rio. Algumas risadas, com um Picoli genial, flor entre os dentes.