sábado, 27 de outubro de 2007

para não dizerem que eu não falei da Mostra:

- é, disparado, a Mostra mais caótica que eu acompanhei. Basicamente por dois problemas: sessões atrasadas todos os dias (e, pelo que ouço falar, em quase todas as salas) e ingressos vendidos para filmes que ainda não chegaram (não fui vítima desse tipo de incidente, mas conheço muitos que foram, especialmente nos primeiros dias).

- As sessões estão lotando depressa, o que por um lado é bom pelo sucesso de público do evento, mas por outro lado deixa uma pulga atrás da orelha, pois, com exceção dos filmes que já vieram badalados de outros festivais internacionais - especialmente Cannes e Veneza, os filmes que lotam, descubro depois, foram elogiados pela Folha. Ou seja, com um número cada vez maior de filmes exibidos, o espectador tem de recorrer ao seu veículo de confiança.

- Alguns filmes vistos que fizeram valer a pena toda a dor de cabeça passada: Vocês, os Vivos (Roy Andersson), O Homem de Londres (Béla Tarr), Lady Chatterley (Pascale Ferran), Lost Lost Lost (Jonas Mekas), Inútil (Jia Zhang-ke), Caos (Youssef Chahine e Khaled Youssef). Fora os que eu já havia visto no Festival do Rio ou em cabines de imprensa, dos quais destaco dois filmes excelentes de Jean Paul Civeyrac que não foram muito bombados pela mídia: Através da Floresta e O Doce Amor dos Homens.

- Como em todos os anos, deixo pra ver alguns filmes comprados na repescagem (geralmente eles passam de novo), pois são os que lotam, porque recebem críticas positivas, e porque a repescagem geralmente é tranquila, pois aqueles que vão pelo evento já desencanaram dele.