terça-feira, 10 de abril de 2007


Red Road, ou (Deus me livre!) Marcas da Vida, é um filme simpático de Andrea Arnold. É a constatação de que, para se lidar com um grande trauma, é necessário enfrentá-lo, domá-lo dentro de si. Tem algo dos Dardenne - menos no manejo da câmera do que na noção de lidar com o perdão e a culpa -, mas também tem uma postura muito sincera e vulnerável diante da dor, como condição inevitável da vida. Longe de ser um filme perfeito, ou mesmo redondo, Red Road está bem acima da média do cinema britânico
(incomoda o sotaque bizarro do inglês da Escócia, mais por ser quase indecifrável, mesmo para os ingleses, do que pela sonoridade rústica e esquisita, para não dizer feia).