A Colheita do Mal (The Reaping), de Stephen Hopkins *
Hilary Swank está bem, mas irrita a construção que faz com que a personagem saia da crença absoluta em Deus a um ceticismo pedante, e volta à crença num piscar de olhos. Tudo bem que um trauma leva a essas coisas, mas foi volúvel demais. As soluções de casting e as reviravoltas poderiam ser mais interessantes, não fosse a mediocridade do diretor Hopkins, cujo melhor filme ainda é uma versão besta de Perdidos no Espaço para o cinema.
Motoqueiros Selvagens (Wild Hogs), de Walt Becker *
Tem seus momentos, graças principalmente ao elenco (com William H. Macy arrasando), e à predileção musical de Becker - em um momento começa uma música do ELO ("Showdown"), e, enquanto ela toca, um dos personagens diz "...let's face the music" (sendo Face the Music o nome de um disco de 1975 do ELO), uma bela homenagem. Mas é frouxo, com um mau uso do tempo das piadas, e situações que só estão ali para justificar gags que não funcionam, ou pelo menos não me fizeram ao menos querer rir. Tomem como exemplo a participação surpresa de Peter Fonda, que começa muito bem, mas vai se estragando rapidamente, tal qual uma piada que já nasce em franca decadência. Ah, tem a trilha musical também, daquelas que se ouve umas duzentas vezes num simples zapear pelos canais de filme das tvs pagas.
sábado, 21 de abril de 2007
Postado por Sérgio Alpendre às 02:55
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