domingo, 1 de abril de 2007

Olha, tem muita coisa do Bruno Barreto que eu acho no mínimo interessante. Romance da Empregada, Bossa Nova e O Casamento de Romeu e Julieta são belos exemplos de comédia de costumes, sendo que o primeiro tem um comentário social nada bobo, apesar de certa fragilidade dramatúrgica. Agora, Caixa Dois é repulsivo. Situações criadas a partir de arquétipos da tolice humana. Todos, todos, sem exceção, são de uma imbecilidade tamanha. nem mesmo atores brilhantes como Zezé Polessa e Fúlvio Stefanini salvam a encrenca. Deu tristeza, na verdade, porque parece que a mentalidade geral é a de que tem que tratar o público como se ele fosse débil mental para fazer sucesso. Como se não bastasse, o filme tem a câmera mais estúpida que se pode imaginar (descontando o mega-fiasco A Grande Família, claro, mas esse é hors concours). Estúpida em todos os sentidos, do enquadramento, à distância entre atores e lente; das movimentações inúteis às tremidinhas para se fazer de moderna. Tudo é uma gigantesca perda de tempo. E eu achava que veria uma boa comédia...