Scoop, de Woody Allen. Mais do mesmo, certamente, mas uma repetição inspirada, em muitos aspectos. A recriação do barco de Caronte, atravessando o rio Styx, e a morte carregando os recém-falecidos, por exemplo, é genial, ainda que não tenha sido novidade a introdução da mitologia grega em filmes do diretor. Mas o grande destaque vai mais uma vez para o Allen ator, sempre engraçado com sua covardia simpática e suas caras atrapalhadas; e, claro, para a exuberante e "comum" Scarlett Johansson, que prova mais uma vez ser uma das melhores atrizes de sua geração.
Também visto ontem, o decrépito Venus, de Roger Michell. É um filme que até tem seus momentos, mas no geral se afunda dentro de uma morosidade proposital, que muito diz da capacidade de Michell de se moldar conforme o tema retratado em seus filmes, mas também de sua incapacidade de fazer com que essa maleabilidade funcione a favor do filme.
|