300 é o novo Alexandre. Existe uma pré-disposição para não gostar do filme? Resistência muito grande em aceitar os exageros de Snyder? Falta de paciência? Conservadorismo? Sei não, mas a cada dia que passa, e a cada opinião contrária, mais perto eu fico de gostar do filme. Estaria eu sendo frouxo e me comovendo com filmes ruins? Vai ser mesmo um massacre contra o filme? Ou o mundo crítico é mesmo impaciente e mal-humorado ou minha adolescência ouvindo metal farofa me deixou anestesiado, ou pelo menos mais tolerante com certas coisas. Eu tô me explicando pra me confundir, tô me confundindo pra me esclarecer.
segunda-feira, 26 de março de 2007
sexta-feira, 23 de março de 2007
Joseph Turner? Não. Uma cena de 300, delírio de Zach Snyder. Devo fazer um texto para entender o que achei, não sei onde, mas aviso aqui. Sua estética do exagero e do ridículo pode embaraçar, desapontar, maravilhar, tudo isso junto. O filme é realmente uma coleção de todos os excessos que o cinema pode comportar, numa chave próxima a de McG, ainda que com bem menos talento. É imperdível na tela grande, mesmo que seja para sair do cinema xingando.
Postado por Sérgio Alpendre às 21:50 |
domingo, 18 de março de 2007
Postado por Sérgio Alpendre às 04:29 |
sábado, 17 de março de 2007
É uma pena que a cópia esteja capenga. Le Départ, de Jerzy Skolimowski, está longe de ser um filme perfeito. É um filme quebrado, que ora se alonga desnecessariamente, ora tem seu ritmo quebrado em um ponto problemático (e nisso ele é muito mais radical que os primeiros de Godard) - não que isso seja um problema, mas no caso de Le Départ, parece nos afastar de algo que ele pretendia. Mas nas passagens em que Skolimowski declara seu amor a Catherine Duport (que surpreendentemente, aparece pouco, mas de maneira decisiva), por meio de Jean Pierre Léaud, geralmente estamos muito próximos da obra-prima. A seqüência em que o carro separado ao meio gira, com cada um deles de um lado, é de um primor absurdo. Uma cena que fica na memória por muito tempo, e diz muito sobre sonhos, ilusões, esperanças, mas também sobre falta de interação, imaturidade, irresponsabilidade. Ao final, Léaud consegue finalmente se transformar em um homem, deixa de ser moleque. Se é que um homem deixa de ser moleque algum dia. Acho que nunca, a não ser que seu lado humano tenha sido tragado por corporações e gravatas.
Postado por Sérgio Alpendre às 13:54 |
quarta-feira, 14 de março de 2007
O que dizer de Cão Sem Dono, novo filme de Beto Brant, com co-direção de Renato Ciasca? Arrisco algumas palavras desordenadas. Em conversa com Daniel Turini, ele me disse que considera tanto Cão sem Dono quanto Crime Delicado filmes muito mais fortes do que O Invasor, filme alavancou a carreira de Brant como verdadeiro autor, com todas as implicações que o termo permite. Concordo plenamente. Já é hora de percebermos que o cinema de Brant atingiu, nos dois últimos filmes, um rigor, e uma intensidade que ele nunca teve. Mesmo em seu belo primeiro filme, Os Matadores, o que estava em jogo era muito menos uma procura por um meio de se dizer o que se sente do que um exercício de como se contar uma história esperta da maneira mais estilosa possível. Em Crime Delicado, e, principalmente, em Cão sem Dono, a procura é o cerne da coisa. Procura por uma maneira de demonstrar o afeto, por um significado para os afetos inexplicáveis, para as demonstrações que brotam desses afetos. Cão sem Dono é um filme propositadamente trôpego, por se assemelhar ao protagonista. Mas é também um filme que se resolve muito bem dentro de sua irregularidade. Pois essa irregularidade surge do vai-e-vem diário, das oscilações de humor que todos temos. Talvez seja o filme mais arriscado e entregue de Beto Brant. Sei não, mas suspeito que daqui a alguns dias esse filme estará ainda mais belo em minha memória.
Postado por Sérgio Alpendre às 20:37 |
terça-feira, 13 de março de 2007
Melhor Longa Brasileiro
Serras da Desordem, de Andrea Tonacci (foto)
Melhor Lançamento em Cinema
Amantes Constantes, de Philippe Garrel (Imovision)
Melhor Lançamento em DVD
Terra em Transe, de Glauber Rocha (Versátil)
Melhor Mostra de Audiovisual
Agnès Varda: O Movimento Perpétuo do Olhar
Tive a felicidade de ter meus votos todos confirmados pela maioria dos votantes, com duas novas obras-primas e uma antiga, que teve um primoroso lançamento em DVD. A grande nova é que o próximo do Glauber a ter lançamento semelhante, com vários extras e imagens restauradas, é A Idade da Terra.
Postado por Sérgio Alpendre às 14:29 |
quinta-feira, 8 de março de 2007
Postado por Sérgio Alpendre às 21:03 |
terça-feira, 6 de março de 2007
Postado por Sérgio Alpendre às 17:11 |
domingo, 4 de março de 2007
Reavaliação de Fassbinder (a continuar):
1966 - CURTA: The City Tramp (Der Stadtstreicher) * * * *
1967 - CURTA: The Little Chaos (Das Kleine Chaos) * *
1969 – O Amor é Mais Frio Que a Morte (Liebe ist Kälter als der Tod) * * * *
O Machão (Katzelmacher) * * * *
Deuses da Peste (Götter der Pest) * * * *
Por Que Deu a Louca no Senhor R. (Warum läuft Herr R. Amok?) co-dirigido por Michael Fengler * *
1970 - Rio Das Mortes * * *
Whity * * *
A Viagem de Niklashauser (Die Niklashauser Fahrt) co-dir. por Michael Fengler * * * *
Cuidado com a Puta Sagrada (Warnung vor einer Heiligen Nutte) * * * *
O Soldado Americano (Der Amerikanische Soldat) * * *
Pioneiros em Ingolstadt (Pioniere in Ingolstadt) * * *
1971 – O Comerciante das Quatro Estações (Der Händler der vie Jahreszeiten) * * * *
1972 – As Lágrimas Amargas de Petra von Kant (Die Bitteren Tränen der Petra von Kant) * * * * *
Mulher de Negócios (Bremer Freiheit) * * *
1973 - World on a Wire (Welt am Draht) mini-série de TV * * *
Martha * * * * *
O Medo Devora a Alma (Angst essen Seele auf) * * * * *
1974 - Effi Briest * * * *
O Direito do Mais Forte (Faustrecht der Freiheit) * * * * *
1975 - Mamãe Kusters Vai para o Céu (Mutter Küsters fahrt zum Himmel) * * *
O Medo do Medo (Angst vor der Angst) * * * *
Eu Só Quero que Vocês me Amem (Ich will doch nur, daß ihr mich liebt) * * *
1976 - O Assado de Satã (Satansbraten) * *
Roleta Chinesa (Chinesisches Roulette) * * * * *
Bolwieser * * *
1977 - Despair (Despair - Eine Reise ins Licht) * * * *
Alemanha no Outono (Deutschland im Herbst) com vários diretores * * *
1978 – O Casamento de Maria Braun (Die Ehe der Maria Braun) * * * *
Num Ano com Treze Luas (In einem Jahr mit 13 Monden) * * * * *
1979 – A Terceira Geração (Die Dritte Generation) * * * * *
1980 - Berlin Alexanderplatz – série de TV em 13 episódios - * * * * *
Lili Marleen * * * * *
1981 - Lola * * * *
1982 - O Desespero de Veronika Voss (Die Sehnsucht der Veronkia Voss) * * * * *
Querelle * * * *
Postado por Sérgio Alpendre às 19:14 |
sexta-feira, 2 de março de 2007
O site da Paisà teve mais uma atualização, com textos sobre Dreamgirls, Venus, Turistas, Piratas do Caribe 2 e alguns disquinhos.
Compareça:
www.revistapaisa.com.br
Postado por Sérgio Alpendre às 22:42 |