quarta-feira, 14 de novembro de 2007

- Nova atualização do site da Paisà. Confiram em http://www.revistapaisa.com.br/

Tópicos ensandecidos em ordem crescente. Ou, como a umidade de Manaus queima neurônios.

- Os filmes aqui em Manaus estão surpreendendo. Subestimei a Marion Hansel - e seu filme Si le Vent Soulève les Sables - durante a mostra, mesmo gostando de dois filmes anteriores dela: Entre o Céu e o Mar Azul Profundo e A Pedreira. Não dava nada por um filme australiano que até agora é meu preferido do evento: Lucky Miles. E ainda deixei para rever a obra-prima Cão Sem Dono na mostra de filmes brasileiros que o Cinesesc sempre faz em dezembro porque a cadeira do belíssimo teatro Amazonas dá dor no traseiro (mas de tão dura impede que a gente durma, o que não deixa de ser uma vantagem). Até o Jean-Jacques Annaud me surpreendeu com um filme que, se está longe de ser bom, também não pode ser acusado de ruim. E nem é daqueles que ficam no meio, e são insuportáveis.

- Ontem, numa festa na praia do Rio Negro - a 50 quilometros ao norte de Manaus, uma imagem inesquecível: a belíssima atriz italiana Caterina Murino dançando ao som de Novos Baianos. Para se olhar à distância, como um voyeur, como um cinéfilo. Ela não deve ser de carne e osso mesmo. É miragem causada pelo calor e pela umidade. O rambo do Amazonas dançando com a chinesa maluca também foi inesquecível, pelo que teve de cômico. Na seara da disputa folclórica que rola aqui, entre os bois Caprichoso e Garantido, fico com o segundo, pela graciosidade de sua sinhazinha - e sua heróica apresentação debaixo de um vestido armado e gigantesco.

- Hoje, descobri que Cajá é Taperebá em Manaus (tinha escrito Tapebaré, mas um amigo aqui da sala de imprensa me corrigiu). O sorvete disso é inesquecível. Numa combinação com o de tangerina, fica algo de outro mundo. Espero que não derreta no frigobar do hotel. E a pizza daqui é incrívelmente boa. Os amigos cariocas iriam continuar dizendo que a deles é melhor, e o médico deles pediu pra não contrariar.

- Estou pensando em retirar os comments deste blog. É que para mudar para o template que mais me agradou, eu teria que abdicar do Haloscan, o que me deu a idéia de não entrar para o sistema de comentários do blogger (que não me agrada muito). Devo perder alguns leitores, mas há uns três meses (quando tentei mudar o template) penso que eles são supérfluos. Divertidos, e tudo mais, mas não acrescentam muito (e não estou falando de ninguém em especial, os meus também são assim). Continuar a ler comments que não acrescentam muito a um post como este, que também não acrescenta muito (eu diria até que não acrescente nada), é algo que só faz perder tempo de leituras mais interessantes. as leituras de blog tomariam menos tempo sem essa febre de comentários para marcar presença (mais uma vez, também faço isso, e isso é algo que já penso há um tempo, não tem nada a ver com os últimos comments, mesmo porque são de um ídolo meu - simultaneamente a um enfado com este blog, uma vontade de não mais ter um blog). Perdi um amor há três meses, por que não perder comments deste blog? Sei lá, quem encontrar um sentido em tudo isto (e eu digo ISTO), é um herói.