domingo, 30 de setembro de 2007

O site da Paisà finalmente foi atualizado. Culpa do nosso querido Festival do Rio.

http://www.revistapaisa.com.br/

cotações do Festival para apimentar o post:

Floresta dos Lamentos, de Naomi Kawase * * * * *
meu provável candidato ao prêmio Jairo Ferreira

Os Cem Pregos, de Ermanno Olmi * *
Um pouco fora de forma

Uma Velha Amante, de Catherine Breillat * *
Asia Argento com a tatuagem meio apagada

Déficit, de Gael Garcia Bernal * * *
Muito bom enquanto não pensa em criar uma história

Deserto Feliz, de Paulo Caldas *
Cheio de tiques

Curtas:

Saliva, de Esmir Filho * * * *
Muito mais do que eu esperava do diretor

Outono, de Pablo Lobato * * *
Cresce na revisão

sábado, 29 de setembro de 2007

Festival do Rio em cotações e uma pequena expressão para cada filme (perdão, mas o tempo tá curto):

Antiga Alegria, de Kelly Reichardt * * * - descaminhos

A Via Láctea, de Lina Chamie * * * - muito risco

A Etnografia da Amizade, de Ricardo Miranda * * - OK

O Nome Dela é Sabine, de Sandrine Bonnaire * * - no limite do tolerável?

O Antigo Jardim, de Im Sang-soo * * - pelo primeiro terço

Cristóvão Colombo - O Enigma, de Manoel de Oliveira * * * * - uma brincadeira

Mulher na Praia, de Hong Sang-soo * * * * - amores litorâneos

sábado, 22 de setembro de 2007


Sai segunda-feira da gráfica a nossa nona edição. Chega no Rio na quarta-feira, e para assinantes quando o Correio quiser. Estamos procurando alternativas de envio para que o assinante não seja prejudicado, mas tá difícil. Vamos torcer...
Atrações: Tarantino, Tops França (1982-2007), Téchiné, Apatow, Anjos Exterminadores, Temporada dos Festivais (Rio e SP), Os Seis Contos Morais de Rohmer, série Antoine Doinel, Bjork está de volta, o pequeno culto a Andarilho, e muito mais.
Enquanto isso, dá pra acompanhar a cobertura diária do Festival do Rio em:
Filipe, Guilherme e Chiko já estão por lá. A partir de quarta serei o quarto a colaborar para o blog. Boa leitura a todos.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Duas indicações:

- No sábado, dia 22, os redatores da Paisà e da Cinética, Cléber Eduardo e Paulo Santos Lima, são os convidados para o debate no auditório do Colégio Equipe (R. Bento Frias, 223. Tel: 11 3814-2188), com o tema Nouvelle vague. Haverá exibição de Viver a Vida, de Jean-Luc Godard e sorteio de livros depois da sessão. Como sempre nos eventos do simpático Cineclube Equipe alguns livros raros estarão disponíveis para consulta.

- Quem não puder ir ao Festival do Rio, ou quem for de fora e puder vir para São Paulo, vai ter um bom motivo para não sair do cinema: a Mostra Alexander Kluge no CCBB, que começa no próximo dia 26. Não percam Despedida de Ontem e Artistas na Cúpula do Circo: Perplexos. A rigor mesmo, não dá para perder nada, por causa da importância desse diretor.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

A Carruagem de Ouro (1953), de Jean Renoir. E eu só o tinha visto na antiga Sala Cinemateca, versão francesa sem legendas, no começo dos anos 90, quando meu francês era ainda pior do que é hoje. É um dos melhores filmes já feitos, pai de O Sapato de Cetim e Mélo. É provavelmente o melhor filme a contar com Anna Magnani, e poderia encerrar qualquer discussão sobre as diferenças entre teatro e cinema. Porque em A Carruagem de Ouro, o cinema nasce do teatro, claramente, por trás das cortinas vermelhas. Melhor seria dizer que o cinema penetra onde o teatro não pode. O cinema revela a reação daquele que escuta, que recebe o olhar. Revela também os caminhos por onde se fazem as intrigas, e por onde elas são combatidas. Os flertes, os amantes escondidos, os pretendentes revoltados, os duelistas, o serviçal do rei... E a pergunta da personagem de Magnani, uma comediante dell'arte, ressoa até muito além do final do filme: "onde acaba o teatro e começa a vida?" Talvez seja a pergunta que nós, cinéfilos, tenhamos que fazer sempre, obviamente com a substituição de uma arte pela outra.



quarta-feira, 12 de setembro de 2007


Mais algumas notas, pra quebrar o gelo:
- Eu os Declaro Marido e... Larry, de Dennis Dugan, acaba sendo uma ode à liberdade, como bem atesta a canção do George Michael no final. As piadas grosseiras estão todas lá. Algumas são muito boas, outras são ridículas. O filme se revela muito mais do que ele mesmo parecia querer ser. Adam Sandler é a mulher do filme.

- O pior de Cidade dos Homens era o que estava no trailer. O óleo espalhado pelos corpos negros dos protagonistas, fazendo-nos lembrar que o cinema de Paulo Morelli é um cinema de publicitário, afinal. Mas o filme é bem superior ao Cidade de Deus, basicamente porque tem um diretor mais interessado em deixar que seus personagens cheguem até nós do que em brilhar com movimentos inúteis de câmera. E nem venham me falar de Scorsese, que o filme do Meirelles faz a câmera de Os Infiltrados ou O Aviador parecer pregada no chão com super-bonder.

- Angela: que diacho de filme é esse de Roberta Torre? É de 2002, mas só agora estréia. É enfadonho até não poder mais, com uma câmera que treme para se afiliar ao Dogma, mas se esquece que não é preciso tremer daquele jeito só por estar no ombro do operador. A não ser que a proposta seja ver como um bêbado capta imagens. Aí tudo bem. O que acontece é que nos últimos dez minutos o filme vira outra coisa, como se tivessem dado uma dose maciça de glicose e a diretora, movida por um jazz amalucado, resolvesse filmar bem pra dedéu, como até então o filme não dava sinal algum de ser possível. Não redime a chateação que é ver o filme inteiro, e a vontade de cair fora dali o mais rápido possível. Mas quem entrar na sala nos últimos dez minutos vai ficar com a impressão de que o filme é muito bom, no mínimo. Esses diretores estão cada vez mais esquizofrênicos.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Nova atualização do site da Paisà

www.revistapaisa.com.br

O destaque da vez é Possuídos, de William Friedkin, com direito a texto sobre a obra do diretor, e uma filmografia comentada a dez mãos.

sábado, 1 de setembro de 2007

Mais filmes vistos no Festival de Curtas

The Sunshine Man - Peter Tonks (2006) *
Matar el Tiempu - Santos Hevia (2006) * *
Coup de Foudre - Vincent Primault, Heddi Tillette de Clermont Tonerre (2006) * *
Fais de Beaux Rèves - Maryline Canto (2006) * *
True Colours - Barney Elliott (2006) *
Laid Off - Zam Salim (2006) *
Adjustment - Ian Mackinnon (2006) *
Tanghi Argentini - Guido Thys (2006) * *
De Resto - Daniel Chaia (2007) * * *
Lótus - Cristiano Trein (2006) *
Self-service - Gabriel Barros (2007) * * *
Nunca Mais Vi Érica - Lizandro Nunes (2007) * *
O Retrato de Doriana Extra Cremosa com Sal - Alan Langdon (2006) * * * *
Material Bruto - Ricardo Alves Junior (2007) * * *
The Freaking Family - Soo Young Park (2006) * * *
O Diabo na Guarita - João Tenório (2007) * * *
Nunca Mais Vi Érica - Lizandro Nunes (2007) * *
Los Visitantes - Lautaro Brunatti (2006) * * *
Yellow - Semih Tareen (2006) * * *
Guy's Guide to Zombies - Daniel Austin (2006) * * * *
The Faeries of Blackheath Woods - Ciaran Foy (2006) * * *