É curioso assistir a The Zodiac Killer, de Tom Hanson, filmado em 16 mm e com pouquíssimos recursos, em 1971. Ou seja: ainda no calor dos assassinatos daquele que ficou conhecido como Zodíaco, que inspirou também o filme recente de David Fincher (e antes o livro do cartunista do San Francisco Chronicle, Robert Graysmith). Não sou entusiasta do filme do Fincher, mas ele é claramente melhor que seu antepassado pobre. Mais bem filmado e tal... mais chato também, porque depois de um tempo, e de sair do ano de 1969, ele patina bastante e por um bom tempo ainda, mas isso não vem ao caso. Sobre The Zodiac Killer, é impressionante a diferença que existe entre uma seqüência e outra. Algumas são constrangedoras, sem noção de eixo, de tempo das falas, da posição do ator no quadro, outras são impressionantemente boas, dando um clima interessante. É o tipo do filme ruim, e também chato (lembrando que blog não é espaço para críticas, só para impressões mais livres mesmo), mas vale ver. No geral, as cenas de assassinato são mais caprichadas, enquanto as de diálogos, principalmente as que tem campo e contracampo, são ridículas e amadoras. Mas nem sempre acontece tão claramente assim, o que me fez achar que na verdade o filme é dirigido por um rodízio de diretores.
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