Na Ilustrada de hoje, o editor Marcos Augusto Gonçalves se declarou incomodado com o retorno ao núcleo familiar nos filmes Não Por Acaso e Cão Sem Dono. Contra o primeiro ele pegou leve, já que não é bem um retorno ao núcleo familiar o que o personagem de Leonardo Medeiros faz, mas a descoberta do amor pela filha (ela também desvinculada de uma família). No caso, calhou de a família escolhida fazer parte de uma possível familia que não se concretizou. Com Cão sem Dono ele pega pesado, diz que sentiu gosto de moral hollywoodiana na garganta. Escreveu: "que sorte que esses caras fazem parte de uma família - senão estariam perdidos". De fato, esse era um problema que eu tinha com o filme. A fala do pai, perto do final, e a barba bem feita quando ele entra nos eixos me pareceram um ponto fraco. Na revisão, vi que se trata de uma questão falsa, porque ele não faz a relação entre uma coisa e outra. Calhou de ele ter pai e mãe legais, calhou de ele arrumar emprego numa livraria (onde é necessária uma boa aparência, e, segundo muitos boçais, boa aparência é não ter barba). Calhou de o pai gostar da mulher e dos filhos, e para reconquistá-los, tenha se livrado da cocaína. Foi, na verdade, um ato de coragem de Brant e Ciasca, o de ficar tão perto da lição de moral sem nunca ser subordinado a ela. Basta comparar com A Vida Secreta das Palavras, em que a lição de moral é enfiada goela abaixo, para ver a diferença. Em todo caso, os sinais dessa moral rasteira estão ali, evidentes. A relação que cada filme faz com esse tipo de moral é que deveria ser mais pensada e discutida.
quinta-feira, 28 de junho de 2007
quarta-feira, 20 de junho de 2007
Postado por Sérgio Alpendre às 21:16 |
terça-feira, 19 de junho de 2007
Mais um texto sobre Seminário, desta vez com diretores mineiros (incrível como esta Mostra está pródiga em debates interessantes).
www.revistapaisa.com.br/paisablog
sobre os filmes, até agora nada de realmente relevante entre os novos.
No blog, no post anterior, dei uns ligeiros pitacos sobre Santiago (* *), Cidade Dual (*) e Descaminhos ( * *) (este no último post).
Postado por Sérgio Alpendre às 18:08 |
domingo, 17 de junho de 2007
Dois novos textos sobre Ouro Preto no blog de festivais da Paisà. Um sobre o seminário realizado ontem, o melhor que eu vi neste ano, outro sobre o belo filme de Moacyr Fenelon, Tudo Azul, que por enquanto ganha * * * *
www.revistapaisa.com.br/paisablog
Postado por Sérgio Alpendre às 12:43 |
sexta-feira, 15 de junho de 2007
Encerrando a cobertura do festival de Cuiabá:
http://www.revistapaisa.com.br/anteriores/ed8/festcuiaba.shtm
aproveitem para dar uma olhada nas outras atualizações (todas de críticas de cinema)
A partir de amanhã, iniciarei a cobertura da Mostra de Ouro Preto, aqui e no blog de festivais da Paisà.
Postado por Sérgio Alpendre às 00:51 |
quarta-feira, 13 de junho de 2007
http://www.youtube.com/watch?v=RvmTsH4iHBo
Não consegui postar direto do You Tube como fazia antes. Sei lá por quê. Mas vale muito a pena seguir o link, pois, como o Peerre apontou no blog dele, Michael Dudok de Wit é um gênio. Aproveitem o link para Pai e Filha, a obra das obras, e vejam os outros curtinhas dele.
P.S. revisão de Cão sem Dono hoje. Bateu. Disparado o melhor filme de Beto Brant.
Postado por Sérgio Alpendre às 02:04 |
segunda-feira, 11 de junho de 2007
A bela imagem acima é do filme Mods (2002), de Serge Bozon, uma das maiores emulações da Nouvelle Vague que eu já vi (sim, Bruno, achei isso mesmo, mais que Desplechin ou Assayas, que você tanto condena pelos mesmos motivos), com muito de Rivette, Godard e Demi. Cinco números musicais "enfeitam" e comentam a história de dois militares que vão a uma república de estudantes para tratar de um jovem que contraiu uma doença esquisita e inexplicável. Alienação? Os mods eram chamados de alienados nos anos 60, e viviam em briga com os punks nos anos 80 (no revival propiciado principalmente pelo The Jam e pelos Inmates). Os atores agem como personagens fassbinderianas, com interpretações brechtianas dentro de enquadramentos sempre rigorosos. A cena acima acontece com oito dos 56 minutos do filme, e a coreografia que explora o espaço cênico perfeitamente tem como fundo o único sucesso de uma banda obscura dos anos 60, Phil and the Frantics. Bozon é um dos atores que fazem os dois militares, Paul, mas não pude rever ainda para tentar descobrir se é o moreno cara de pedra ou o loirinho cara de bobo. Não lembro de se falar o nome deles, a não ser quando estão os dois juntos, e sem identificar qual é Paul e qual é François. Enquanto isso não for possível, ficarei eu com cara de bobo lembrando de algumas seqüências brilhantes do filme.
Postado por Sérgio Alpendre às 17:39 |
sábado, 9 de junho de 2007
Postado por Sérgio Alpendre às 20:18 |
sexta-feira, 1 de junho de 2007
Revisão Abel Ferrara:
O Assassino da Furadeira (1979) * *
Ms.45 (1981) * * * *
Cidade do Medo (1984) * * *
China Girl (1987) * * * *
Perseguidor Voraz (1989) * *
O Rei de Nova York (1990) * * * * *
Vício Frenético (1992) * * * * *
Invasores de Corpos (1993) * * * * *
Olhos de Serpente (1993) * * *
The Addiction (1994) * * * * *
Os Chefões (1996) * * * *
The Blackout (1997) * * * *
Enigma do Poder (1998) * * * * *
Gangues do Gueto (2001) * * * *
Maria (2005) * * * * *
Postado por Sérgio Alpendre às 02:01 |