terça-feira, 21 de fevereiro de 2006



Esperava bem mais de Match Point. Allen vai construindo bem a trama, mas depois de um momento começa a perder o rítmo. Aliás, desde o começo escorrega feio em planos referenciais ridículos. Falo dos dois planos que mostram Meyers lendo Dostoievski, e daquele em que ele pergunta sobre o livro de Strindberg. Na metade final, o filme ganha novo fôlego, parecendo um filme menor de Claude Chabrol. O filme termina direitinho também, com um plano certeiro, após uma conversa muito interessante entre dois policiais, que acontece depois de duas aparições que levam o filme para um outro lado. Essa esquizofrenia faz bem ao filme, mas falta algo a esse frio retrato da humanidade. Dito isso, ainda não sei se na cotação o filme fica com 2 ou 3 estrelas. Na Contracampo seriam 2 fracas. Sei lá se um dia vou decidir isso.