Só agora pude ver Shrek (o primeiro), nem perto de ser bom como vários amigos falaram, mas muito longe do lixo que alguns (amigos também, claro) contracampistas pregam. É triste ver que, para Fiona casar com Shrek ela tem de assumir sua condição de monstrenga, mas o mais grave é que, fosse o filme fiel às suas intenções de brincar inteligentemente com as fábulas, não haveria tal planificação de A Bela e a Fera, com a total destruição das sutilezas psicológicas lá contidas (eu disse psicológicas, não psicologizantes). Pega-se um material rico e torna-o simplista e conformista. Tem seus momentos, mas poderia ser bem melhor, e agredir menos a inteligência do espectador.
Timeline, de Richard Donner, começa bem esquemático, com cenas que só servem para apresentar didaticamente os personagens. Depois engrena, e ameaça ficar bem legal, com uma divertida viagem pelo tempo e uma interessante discussão sobre a necessidade de se aprender com o passado. Quando o filme revela sua estrutura pouco ambiciosa, ele patina, pois Donner parece muito pouco interessado em filmar cenas de ação.
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