terça-feira, 22 de fevereiro de 2005

Sideways poderia até ser bom, pelo trio de atores (com destaque para o mini-Schwartzeneger Thomas Haden Church), e pelo roteiro que, até certo ponto, consegue evitar o sadismo fracassomaníaco. Se Giamatti não tomasse a iniciativa de bater na porta de Virginia Madsen no final seria muito escroto. Mas também se mostrasse o reencontro com o final escancaradamente feliz cairia no rame-rame que estava tentando evitar desde o começo. O grande problema é a mise-en-scène deficitária de Alexander Payne, incapaz de fugir do feijão com arroz, e em alguns momentos fazer besteira mesmo com o trivial. Mal decupado à beça, com uma fotografia bem estranha, a cãmera quase sempre no lugar errado. Escapa por muito pouco da bola preta. Por enquanto.