quarta-feira, 30 de julho de 2008
Ok, quem perdeu Outrage desta vez, que veja quando reprisar em agosto. O filme da bela Ida Lupino consegue ser melhor que Hitch-hiker e The Bigamist, que ela fez em seguida, e que já são um assombro. Curioso que até a cena do estupro - um primor, com a câmera se afastando para revelar um vizinho incomodado com a buzina que disparou - havia travellings e panorâmicas enfurecidas, com enquadramentos oblíquos e cheios de informação. Após essa cena, há apenas a contenção, necessária para que a personagem de Mala Powers se recupere do trauma. O encontro com o missionário, que após ajudá-la quer afastá-la o mais rápido possível, para que ela reencontre a família e o noivo, mas também para que não o desvie de sua missão (e como ele olha para os céus agradecendo no final, quando ela entra no ônibus...). É de chorar, realmente.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

terça-feira, 22 de julho de 2008

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas (St. Elmo's Fire, 1985) *
Os Garotos Perdidos (The Lost Boys, 1987) *
Um Toque de Infidelidade (Cousins, 1989) * * *
Linha Mortal (Flatliners, 1990) *
Tudo por Amor (Dying Young, 1991) mico
Um Dia de Fúria (Falling Down, 1993) *
O Cliente (The Client, 1994) mico
Batman Eternamente (Batman Forever, 1995) mico
Tempo de Matar (Time to Kill, 1996) * * *
Batman & Robin (1997) mico
8 mm (1999) *
Por Um Fio (Phone Booth, 2002) *
Número 23 (Number 23, 2007) mico
domingo, 20 de julho de 2008

Arquivo X - Eu Quero Acreditar estréia no próximo dia 25, e é dirigido pelo criador de tudo, Chris Carter. Desta vez devo ver no cinema.
quinta-feira, 17 de julho de 2008

RESNAIS: Quando vejo um filme, o jogo dos sentimentos interessa-me mais do que os personagens. Penso que se pode chegar a um cinema sem personagens psicologicamente definidas, em que o jogo dos sentimentos circularia do mesmo modo que num quadro contemporâneo o jogo das formas consegue ser mais forte do que a anedota.
ROBBE-GRILLET: ... as pessoas admitem perfeitamente encontrar na vida real um monte de elementos reais irracionais ou ambíguos e essas mesmas pessoas se queixam de as encontrar também nas obras de arte, nos romances ou nos filmes, que deveriam obviamente apresentar algo mais tranquilizador do que o mundo real. Como se a obra de arte fosse feita para explicar o mundo, para tranquilizar o homem em relação ao mundo.
quarta-feira, 16 de julho de 2008

segunda-feira, 14 de julho de 2008

No dia 19 (sábado), às 19h30, acontece a pré-estréia do longa-metragem cearense Praia do Futuro, no Centro Cultural Sesc Luiz Severiano Ribeiro, em Fortaleza (Ceará). O filme é um longa-metragem coletivo em 15 episódios, realizado por 17 cineastas e idealizado pela produtora cearense Alumbramento (a mesma que produziu Sábado à Noite, de Ivo Lopes Araújo). Após a sessão, haverá show com as bandas Cidadão Instigado e Mirella Hipster, na Praça do Ferreira.
No dia 21 (segunda), haverá debate sobre o filme, às 19h, no Alpendre. A entrada é franca nos dois dias.
sábado, 12 de julho de 2008

Depois veio a estréia de Selton Mello em longas-metragens, com Feliz Natal, que conta com Paulo Guarnieri - pai de Francisco, redator da Paisà - que estava afastado do cinema há 8 anos. É decepcionante na linha quase acadêmica que tem se popularizado depois que os Dardenne ganharam Cannes com Rosetta: câmera colada nos atores, desfocadas estratégicas - e às vezes bem bonitas - e uma necessidade patológica de se criar poesia e explicar as motivações dos personagens. Por exemplo, entendemos o espanto de todos ao saberem que o personagem de Leonardo Medeiros abriu um ferro velho quando um flashback desastroso nos explica o que já tinha sido bem sugerido perto do final do filme. Medeiros, por sinal, devia ser proibido de usar camisa de flanela no cinema, pois essa imagem de marginal simpático já está desgastada demais. O filme é tão mais decepcionante por ter influência confessa de Cassavetes, e por Selton Mello ter bom gosto cinematográfico (citou Bressane, Sganzerla, Candeias e Tonacci). O problema é que bom gosto não basta para fazer um bom filme. Curiosamente, a platéia aplaudiu calorosamente e em cena aberta dois dos momentos mais problemáticos de Feliz Natal: a piada óbvia com os fumantes e o clipe catártico com a música crescendo. É o típico caso de filme em que os bons planos - que acontecem especialmente na primeira metade, estão sufocados por idéias mal buriladas (excesso de idéias quase sempre é prejudicial nesses casos).
terça-feira, 8 de julho de 2008

segunda-feira, 7 de julho de 2008

É a programação do 3° Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, que começa nesta terça-feira, com retrospectivas imperdíveis de Tomás Gutiérrez Alea e Fernando Solanas. Do primeiro, recomendo as obras-primas A Morte de um Burocrata e Memórias do Subdesenvolvimento. E não perderei Os Sobreviventes, que não conheço. Do segundo, tenho especial apreço por A Nuvem (foto acima), obra que tinha tudo para cair no ramerrão poético do cinema artístico, mas consegue ser enfaticamente político sem soar panfletário, estranho até o fundo da alma. El Sur também é especial. Gosto também dos documentários A Hora dos Fornos (do qual só vi metade, infelizmente) e Memórias do Saqueio, sobre a época do panelaço.
Existe também a Mostra Desdobramentos do Cinema Novo, com obras (uma de cada) de diretores como Arturo Ripstein, Miguel Littin e Hector Olivera, além dos brasileiros Walter Lima Jr., Andrea Tonacci, Ozualdo Candeias e Rogério Sganzerla.
Claro que sempre existem coisas boas entre os contemporâneos, e cabe a cada cinéfilo encontrar os seus preferidos.
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Esquizofrenicando novamente o blog (neologismo = magrismo):
Fico impressionado com a chatice que anda o futebol brasileiro. De divertido, só ver a empáfia do Renato Gaúcho caindo dia após dia (e hoje ele reclamou que o Flu foi roubado - é muita cara-de-pau). E as declarações do Muricy, claro. O reporter que fizer uma pergunta para ele deve estar realmente preparado. Os jogos andam muito chatos, cheios de melindres. Os juizes comentaristas da Globo só atrapalham. O cara relou no outro, é falta. Um jogo de corpo, é falta. Braço com braço, é falta no que cair primeiro. Pombas, os caras não viram nenhum jogo da Eurocopa? Lá os juizes não apitam qualquer faltinha. Eles consideram que é um esporte viril, que envolve contato físico. O jogo fica mais corrido, emocionante, sem quedas a toda hora para levar o juiz a apitar falta, essa velha e insuportável malandragem brasileira.
domingo, 6 de julho de 2008

sábado, 5 de julho de 2008

São filmes de fábula, elementos mágicos e pouco diálogos. Truffaut falava que o balão segue o menino à distância. Mas seus problemas com o filme, expostos num texto muito bem escrito, me parecem bobos. O Cavalo Selvagem é melhor que O Balão Vermelho, e o que importa se o tal cavalo tem atitudes próximas das humanas?
O final dos dois lembra bastante o de Os Incompreendidos, porque Truffaut queria mesmo dar uma resposta a esses finais que tanto tinham incomodado. Finais belíssimos, dos três filmes.
quinta-feira, 3 de julho de 2008

quarta-feira, 2 de julho de 2008
